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Autor: Pedro Marin
Prefácio: Jones Manoel
Capa: Estúdio Gauche
Diagramação: Raissa Oliveira Studio
Editora: Baioneta / Revista Opera
Páginas: 322
Formato: 16x23cm
ISBN: 9786599360015
“Se o Brasil vivesse algo similar à Invasão ao Capitólio norte-americano pelos apoiadores de Trump, os militares defenderiam o prédio ou o atacariam? Comprometeriam-se com a legalidade ou com os invasores? E se vencesse em 2022 um candidato que não os agradasse, comprometido com uma reforma para levar os coturnos de volta à caserna, mexendo no artigo 142 da Constituição, como reagiriam?”. O autor deste livro fez estas perguntas hipotéticas, tão relevantes no Brasil de 2023, em fevereiro de 2021. Não é que tivesse acesso a informações privilegiadas dois anos antes do infame 8 de janeiro. Simplesmente olhava à política nacional sem nunca abrir mão de se atentar aos “fatores de força”, como diz, dentre os quais os militares. Foi sobre os ombros de pensadores como Maquiavel, Mao Tsé-Tung, Clausewitz, Bonaparte, Edward Luttwak, Gramsci, Poulantzas, Hobbes e muitos outros que Pedro Marin escreveu os artigos que compõem esse livro, e que servem como um testemunho rotineiro da ação dos militares ao longo do governo Bolsonaro e no início do terceiro mandato de Lula.
“Considero Pedro um dos intelectuais mais promissores da nova geração brasileira. Ele é um caso raro, raríssimo, de um jornalista que é um pensador, que consegue formular teoricamente, ver as árvores e a floresta”, escreve Jones Manoel em prefácio. Esta capacidade garante aos textos de Marin, escritos e publicados no calor dos acontecimentos, uma capacidade de previsão muitas vezes impressionante. Enquanto muitos jornalistas destacavam os elementos simbólicos da posse de Lula em 1 de janeiro de 2023, e enquanto outros analistas se dedicavam a prever as dificuldades institucionais que o novo presidente viveria, Pedro Marin seguia insistindo em escrever sobre a violência e a força na política. “O homem da Nova República: força e hegemonia no governo Lula”, um entre as dezenas de artigos deste livro, publicado em 5 de janeiro de 2023, terminava com um aviso: que as bases da Nova República estavam destruídas, e que se enganavam os que acreditavam em uma pacífica “volta à normalidade” no Brasil. Três dias depois, testemunhamos, estarrecidos, a multidão invadindo as sedes dos Poderes.
Meses após a posse, também contrariando muitos jornalistas e analistas, Marin persiste denunciando a permanência do poder e da tutela militar sobre o novo governo. “Seja do ponto de vista da organização interna das Forças Armadas, de sua relação com as classes sociais em conjunto, ou mesmo de seu papel na formação social brasileira, o problema do intervencionismo militar não está resolvido”, escreve o jornalista, que avisa ainda que as Forças Armadas “conseguiram, ao longo das décadas, destruir toda organização militar e política que lhes fosse concorrencial – hoje, pretendem fazer o mesmo.”
Ao longo dos artigos, mais do que uma linha do tempo do problema militar no governo Bolsonaro até os dias atuais, o leitor acaba se encontrando com o desenvolvimento de uma forma de pensar original, um modo de análise único, e uma conceituação da questão militar que, verdadeiramente, compõem a grande contribuição de Pedro Marin para refletirmos o futuro da política brasileira.